A compreensão e a experiência de emoções simples e mistas no português brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.5935/2218-0761.20240025Palabras clave:
Linguagem, teoria da mente, emoção, emoções mistas, cognição socialResumen
Este trabalho investiga processos cognitivos e linguísticos relacionados às emoções no português brasileiro (PB). Com base no cenário teórico das pesquisas sobre cognição social e Teoria da Mente, sabe-se que crianças começam a entender e a se referir a emoções desde cedo (Harris 2007). Assim, o objetivo principal do estudo é fornecer dados para elucidar processos de compreensão, experienciação, conceitualização e codificação das emoções simples e mistas no PB. As hipóteses de trabalho são: (i) a conceitualização de emoções no PB terá uma preferência por rótulos linguísticos de emoções básicas; (ii) há distinção nos processos de compreensão e experienciação de emoções mistas dos adultos e crianças falantes do PB. A metodologia inclui dois experimentos para avaliar esses processos em adultos e crianças de 5 a 11 anos falantes do PB. Os resultados indicaram que ambos os grupos identificaram corretamente a valência das emoções testadas e as rotularam de forma parcialmente semelhante. Conclui-se que, embora ambos os grupos diferenciem compreensão e experiência emocional, houve diferenças no desempenho das crianças menores.
Descargas
Citas
Baron-Cohen, Simon; Alan M. Leslie e Frith, Uta. 1985. Does the autistic child have a "theory of mind"?, em Cognition, 21: 37-46.
Bernardino, Leonardo Gomes e Thuany Teixeira De Figueiredo. 2023. Percepção subjetiva de tempo de palavras com conteúdo emocional, em Letrônica, 16(1): e44333-e44333.
Brown, Brené. 2021. Atlas of the heart: Mapping meaningful connection and the language of human experience. Random House.
Caminha, Renato Maiato e Marina Gusmão Caminha. 2010. Baralho das emoções: Acessando a criança no trabalho clínico, 4ª ed. Novo Hamburgo: Synopsis.
Choe, Katherine S.; Frank C. Keil e Paul Bloom. 2005. Children's understanding of the Ulysses conflict, em Developmental Science, 8(5): 387-392.
Cui, Xiaobing; Yu Tian, Li Zhang, Yang Chen, Youling Bai, Dan Li, Jinping Liu, Philip Gable e Huazhan Yin. 2023. The role of valence, arousal, stimulus type, and temporal paradigm in the effect of emotion on time perception: A meta-analysis, em Psychonomic Bulletin & Review, 30(1): 1-21 [em linha]. Disponível em: https://doi.org/10.3758/s13423-022-02148-3
Cutting, Alexandra L. e Judy Dunn. 1999. Theory of mind, emotion understanding, language, and family background: Individual differences and interrelations, em Child development, 70(4): 853-865.
Damásio, António. 2012. O erro de Descartes: emoção, razão e o cérebro humano. São Paulo: Companhia das Letras.
Damásio, António. 2018. A estranha ordem das coisas: as origens biológicas dos sentimentos e da cultura. São Paulo: Companhia das Letras.
Damásio, António. 2022. As origens da consciência. São Paulo: Companhia das Letras.
Donaldson, Sally K. e Michael A. Westerman.1986. Development of children's understanding of ambivalence and causal theories of emoticons, em Developmental psychology, 22(5): 655.
Figueiredo, Thuany T. 2018. Linguagem e Teoria da Mente de segunda ordem: investigando os estados mentais de ignorância e crença falsa. Dissertação de mestrado, Universidade Estadual de Campinas. Campinas. [em linha] Disponível em: https://bdtd.ibict.br/vufind/Record/UNICAMP30_cead82ee0776b5f69bd8795d156f8c59
Figueiredo, Thuany T. e Leonardo G. Bernardino. No prelo. As interfaces entre linguagem e emoção: o caso das emoções mistas, em. Revista Estudos Linguísticos e Literários. Foolen, Ad. 2016. A relevância da emoção para a linguagem e para a Linguística. em Sandra. M. S.
Cavalcante, Josiane A. Militão (eds.). Emoções: desafios para estudos da linguagem e cognição. Belo Horizonte: PUC Minas: 11-40.
Franco, Maria da Gloria S. D. E. C. e Natalie N Santos. 2015. Desenvolvimento da compreensão emocional. em Psicologia: Teoria e pesquisa, 31: 339-348.
Harris, Paul L. 2007. Social cognition. em William Damon, Richard M. Lerner, Deanna Kuhn e Robert S. Siegler (eds.). Handbook of child psychology: Volume 2: Cognition, perception, and language. 6ª ed. New York: John Wiley & Sons: 811-858.
Harris, Paul L.; Carl N. Johnson, Deborah Hutton, Giles Andrews e Tim Cooke. 1989. Young children's theory of mind and emotion, em Cognition and Emotion, 3(4): 379-400.
Harter, Susan e Bonnie J. Buddin. 1987. Children's understanding of the simultaneity of two emotions: A fivestage developmental acquisition sequence, em Developmental psycho-logy, 23(3): 388.
Hepburn, Alexa e Jonathan Potter. 2023. Understanding mixed emotions in organized helping through emotionography , em Frontiers in Psychology, 14: 1236148.
Kagan, Jerome. 2007. What is emotion?: History, measures, and meanings. Yale University Press.
Kestenbaum, Roberta e Susan A. Gelman. 1995. Preschool children's identification and understanding of mixed emotions, em Cognitive Development, 10(3): 443-458.
Larsen, Jeff T.; Yen M. To e Gary Fireman. 2007. Children's understanding and experience of mixed emotions. em Psychological Science, 18(2): 186-191.
Lourenço, Orlando 1992. Teorias da mente na criança e o desenvolvimento de crenças falsas: Falsas, de quem? , em Análise Psicológica, 10: 431-442.
Mlodinow, Leonard. 2022. Emocional: a nova neurociência dos afetos. Editora Schwarcz-Companhia das Letras.
Moore, Melody M. e Elizabeth A. Martin. 2022. Taking stock and moving forward: A personalized perspective on mixed emotions, em Perspectives on Psychological Science, 17(5): 1258-1275.
Murray, Ryan J.; Sylvia D. Kreibig, Corinna Pehrs, Patrik Vuilleumier, James J. Gross e Andrea C. Samson. 2023. Mixed emotions to social situations: An fMRI investigation, em. NeuroImage, 271: 119973.
Oh, Vincent Y. S. 2023. Direct versus indirect measures of mixed emotions in predictive models: a comparison of predictive validity, multicollinearity, and the influence of confounding variables, em. Frontiers in Psychology, 14: 1231845.
Oh, Vincent Y. S. e Eddie MW Tong. 2022. Specificity in the study of mixed emotions: A theoretical framework, em Personality and Social Psychology Review, 26(4): 283-314.
Premack, David e Guy Woodruff. 1978. Does the chimpanzee have a theory of mind, em. Behavioural and Brain Science, 1: 515-526.
Roazzi, Antonio; Maria da Graça Bompastor Borges Dias, Janaína Oliveira da Silva, Luciana Barboza Santos e Maíra Monteiro Roazzi. 2011. O que é emoção? Em busca da organização estrutural do conceito de emoção em crianças, em. Psicologia: Reflexão e Crítica, 24: 51-61.
Ruffman, Ted; Lance Slade, Kate Rowlandson, Charlotte Rumsey e Alan Garnham. 2003. How language relates to belief, desire, and emotion understanding, em Cognitive Development, 18(2): 139-158.
Santana, Suely de Melo e Roazzi, Antonio. 2006. Cognição social em crianças: Descobrindo a influência de crenças falsas e emoções no comportamento humano, em. Psicologia: reflexão e crítica, 19: 1-8.
Smith, Joshua P.; Daniel J. Glass e Gary Fireman. 2015. The understanding and experience of mixed emotions in 3–5-year-old children. , em The Journal of genetic psychology, 176(2): 65-81.
Vaccaro, Anthony G., Jonas T. Kaplan e Antonio Damásio. 2020. Bittersweet: the neuroscience of ambivalent affect. em Perspectives on Psychological Science, 15(5): 1187-1199.
Wellman, Henry M. 2014. Making minds: How theory of mind develops. Oxford University Press.
Wellman, Henry M.; David Cross e Julanne Watson. 2001. Meta‐analysis of theory‐of‐mind development: the truth about false belief, em Child development, 72(3): 655-684.
Wierzbicka, Anna. 1992. Talking about emotions: Semantics, culture, and cognition, em. Cognition & Emotion, 6(3-4): 285-319. , em
Wierzbicka, Anna. 1995. The relevance of language to the study of emotions, em Psychological Inquiry, 6(3): 248-252.
Wimmer, Heinz e Josef Perner. 1983. Beliefs about beliefs: Representation and constraining function of wrong beliefs in young children's understanding of deception, em. Cognition, 13: 103-28.
Wintre, Maxine Gallander e Denise D. Vallance. 1994. A developmental sequence in the comprehension of emotions: Intensity, multiple emotions, and valence. em Developmental psychology, 30(4): 509.
Zajdel, Ruth T.; Jill M. Bloom, Gary Fireman e Jeff T. Larsen. 2013. Children's understanding and experience of mixed emotions: The roles of age, gender, and empathy, em. The Journal of genetic psychology, 174(5): 582-603.
Zheng, Wen; Ailin Yu, Disi Li, Ping Fang e Kaiping Peng. (2021). Cultural differences in mixed emotions: the role of dialectical thinking, em. Frontiers in Psychology, 11, 538793.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2024 Cuadernos de la ALFAL

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0.
Usted es libre de:
- Compartir — copiar y redistribuir el material en cualquier medio o formato
- La licenciante no puede revocar estas libertades en tanto usted siga los términos de la licencia
Bajo los siguientes términos:
- Atribución — Usted debe dar crédito de manera adecuada , brindar un enlace a la licencia, e indicar si se han realizado cambios . Puede hacerlo en cualquier forma razonable, pero no de forma tal que sugiera que usted o su uso tienen el apoyo de la licenciante.
- NoComercial — Usted no puede hacer uso del material con propósitos comerciales .
- SinDerivadas — Si remezcla, transforma o crea a partir del material, no podrá distribuir el material modificado.
- No hay restricciones adicionales — No puede aplicar términos legales ni medidas tecnológicas que restrinjan legalmente a otras a hacer cualquier uso permitido por la licencia.
Avisos:
No tiene que cumplir con la licencia para elementos del materiale en el dominio público o cuando su uso esté permitido por una excepción o limitación aplicable.
No se dan garantías. La licencia podría no darle todos los permisos que necesita para el uso que tenga previsto. Por ejemplo, otros derechos como publicidad, privacidad, o derechos morales pueden limitar la forma en que utilice el material.